Infertilidade
A infertilidade é um fenômeno universal que atinge entre 10 a 15% dos casais, independentemente de suas origens culturais ou sociais. Quando este dado é aplicado à população global, verifica-se que provavelmente 100 a 150 milhões de pessoas podem ter problemas relacionados à fertilidade.
De acordo com a American Society for Reproductive Medicine (Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva), a infertilidade é considerada uma doença do sistema reprodutor, cujas funções não se encontram em estado normal. Ela é constatada após um período de 12 meses de tentativa de concepção sem sucesso, em que o casal manteve relações sexuais sem a utilização de métodos contraceptivos.
Tratamento
Descobertas em biologia celular e, mais especificamente, um vasto número de inovações tecnológicas e científicas extraordinárias em medicina reprodutiva têm alterado radicalmente as opções para esse tipo de tratamento nos últimos anos, possibilitando a obtenção de gravidez para aqueles casais considerados previamente incapazes de gerar seus próprios filhos. Isso se deve principalmente à introdução da técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoide no oócito (ICSI) para o tratamento de infertilidade masculina grave.
Consequentemente, têm sido realizadas intervenções que permitem, por exemplo, que pacientes com agenesia congênita dos vasos deferentes ou com azoospermia não-obstrutiva tenham seus próprios filhos.
A síndrome de Klinefelter é uma das causas conhecidas de infertilidade masculina, que afeta de 1 a 2 % da população infértil masculina em geral, e de 7 a 13 % dos pacientes que apresentam azoospermia primária. Apresenta-se nas formas não-mosaicas (47,XXY) ou mosaicas (47,XXY/46,XY).